domingo, 22 de maio de 2011

Subjetividade Circense


Tá, eu sei que sumi por um longo período e não vou prometer que isso não vai ocorrer novamente, porque sempre prometo e sempre ocorre. Acontece que tempo é algo que tem faltado - e MUITO - na minha vida. Projetos de vida estão a MIL - não pretendo comentar quais são - e eu não posso parar o Bonde pra ficar atualizando essa coisinha linda de Deus, então Sorry.

Hoje fui no Circo Stankowich cismei que escreve Stankovich, acho que nunca relatei nesse Blog a minha paixão pela arte circense, então... É, eu amo Circo. Então, eu trouxe um pouco da história da arte para vocês e as sensações que "issocá" provoca em mim.

A arte circense existe desde as civilizações antigas, que praticavam números cômicos, de pirofagia, malabarismo, mímica e teatro em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. No entanto, foi no século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo, com a inclusão de domadores de ursos, ilusionismo e exibições com cavalos. Com o tempo surgiram correntes de pessoas contra o uso de animais em circo, uma vez que tais animais sofriam maus-tratos, eram – muitas vezes – abandonados feridos (pois o custo da manutenção de grandes animais demanda muito dinheiro) e havia muitos acidentes nos quais pessoas saiam feridas ou até mesmo mortas. Apesar de não haver regulamentação, no Brasil, contra ou favor do uso de animais, eles tem sido gradativamente abandonados pelos empresários circenses, que investem cada vez mais no calor humano nesse encontro de todas as Classes Sociais.

A arte circense, sempre, sofreu muito preconceito, pois se acreditava (e ainda tem gente hipócrita que acredita) que é feito por pessoas marginalizadas, drogadas e enfim, tudo o que você puder achar de ruim. Além de que, acredita-se, que essa arte é voltada para a Classe popular e não merece respeito por isso. Vá entender. Ninguém pára para pensar que é através dessa arte, magnífica, que muitos saem da “vida bandida”, pois ela cria a oportunidade para que surjam efeitos de resistência ou, pelo menos, um afastamento maior de marcas deixadas pela pobreza e pela violência, e que essa arte é a mesma que alegra e que entusiasma.

“O que me surpreende é o fato de que, em nossa sociedade, a arte tenha se transformado em algo relacionado apenas a objetos e não a indivíduos ou à vida” (FOUCAULT, O Dossier, 1983, p.261).

O Circo é um mundo obscuro, tentador e mágico repleto de sensações intensas enquanto dura o espetáculo. Só quem sente física e emocionalmente a mensagem passada pelos artistas – de superação e de vida – é que consegue entender a importância da arte circense, os motivos que a mantém viva e o porquê ela deve continuar viva, dentro e fora de nós, exatamente como ela é. Porque tudo se torna possível numa mágica, porque sonhar faz parte do show.

Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar ♪  (O Teatro Mágico)