domingo, 16 de janeiro de 2011

Conveniência, meu caro...


Um amigo ouvia as musicas do meu MP4 quando me olhou incrédulo, me assustei e perguntei o que havia de errado. Ele me perguntou o que “You’re Gone” da Avril Lavigne estava fazendo na minha playlist, eu sorri insegura e perguntei o motivo do espanto. Então ele respondeu que eu sempre odiei Avril Lavigne. Me surpreendi.

De fato, jamais antes havia gostado de Avril Lavigne antes. Assim como não gostava de vermelho, de filmes de comédia, de filmes brasileiros, de política e hoje gosto. Além disso, eu gostava de ir à balada, de sair, de Sandy & Junior e hoje já não mais.

Fiquei nostálgica o dia inteiro, me lembrando de tudo o que já vivi em tão pouco tempo. Definitivamente não sou mais a mesma garotinha que bebia todas, ia a baladas e competia beijos com as amigas. Também não sou a garotinha rebelde que ficava emburrada no natal ou se vestia de preto no ano novo.

Já fui mimada, patricinha, rebelde, ingênua e hoje sou alguma coisa qualquer. Na verdade não importa muito o que eu fui ou sou, porque tudo é fase, tudo passa. Posso ser assim e daqui a pouco não, depende da tal conveniência.

A conveniência é responsável pela aproximação de uns e afastamento de outros. Tudo depende da particularidade do ser humano e daquilo que necessitamos naquele momento.
Coerência? Não, ninguém é coerente.

Quando mais novos sempre achamos que não vamos mudar de opinião. Quem amamos simplesmente amamos e para sempre amaremos, assim como, quem odiamos sempre odiaremos.

No entanto, vivemos constantemente em mudanças. Amadurecemos e com a maturidade nossas opiniões e sentimentos também são modificados. Tornamo-nos responsáveis por nós e pelos indefesos perante a nós e passamos a perceber que ser coerente não faz sentido, mas conveniente sim.

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